Nunca fui, não sou e acho nunca serei triste,
Sou carente, mesmo saciada. Saciada!!!??
Dessa vontade louca de fazer, de buscar
Os limites do corpo numa entrega indecente,
Sem limites onde ninguém nunca chegou.
Ser mulher ou apenas corpo, fogoso, dadivoso,
Encontrando um prazer maior entre os tantos prazeres
Já sentidos, já vividos, gritados, gemidos, uivados.
Passar por sobre os limites sem medos e sem temores,
Fazer da alma apenas uma cúmplice para gemer
Prazeres e deixa-la mais humana, mais mulher,
Mais eu. A louca, a carente por ser ser insaciável
Quando a entrega é sem pudor, e a inocência
Se esconde curiosa para não se sentir pecadora,
Nunca fui, não sou e acho nunca serei triste,
Mas serei sempre devassa, amante sem pudor
Buscando além da sublimação de um gozo.
Ir buscar a essência da alma numa entrega
Do corpo à infinitude do prazer nunca sentido.
Sou apenas uma mulher que quer viver, sentir
Sem falsidades o prazer que o corpo pode dar
E que a alma pode sentir, que ela goze também.
Ah! Ser mulher é ser senhora, mãe, esposa...
É saber a hora para ser tudo ser até... uma vadia.
Vivi dos Anjos
28/08/2.012